"Este site é dedicado à você, mulher, que está passando, passou ou ainda irá passar por uma separação. Venha rir conosco, e descubra que a vida nada mais é do que um filme, você escolhe se vai ser um drama ou comédia."
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quinta-feira, 17 de março de 2011

PRIMEIRO NAMORO SÉRIO

Bom, depois do super, mega, ultra, blaster, máster, plus, resumo da minha vida, essa síntese sem pé e sem cabeça, chegou a hora de falar dele...
Sim amigas! Aquele ser que entra na sua vida do nada, num dia qualquer, geralmente quando você não está preparada, quando você não fez chapinha, ou sua cabeleireira fez aquela cagada no seu cabelo, quando você roeu as unhas de nervoso por algum motivo, ou quando você encostou-se àquele poste cheio de cal e sujou a roupa num lugar que só os outros vêem. É, nesse dia que você não tem uma porcaria de um trident na bolsa para te deixar com um hálito legal, ou não está usando uma maquiagem sequer, ou simplesmente aquele dia que você estava linda e maravilhosa, até sair de casa e pegar aquela garoinha fina, que só serve para armar o cabelo e deixá-lo com os frizz em mod-on. Pois é... Nesse dia especial na vida de uma mulher, aparece um cara que ela acha que é “o cara” e que ele também se acha “o cara”, então... O tal se aproxima, e você involuntariamanete inicia os sinais de interesse, ou seja, pés na direção da pessoa (mostra que está interessada nele e no assunto), passar a mão no cabelo (típico do pavão filha! Está tentando se arrumar da melhor forma possível, fora que no livro o corpo fala, diz que passar a mão no cabelo, ou em gatos, cachorros e coisas peludas, tem conotação sexual, resumindo, é a mesma coisa, se preparando para a conquista e conseqüentemente para a cassapada!), e outra, se você mostrar a palma das mãos, cuidado, está cortejando a pessoa! (cuidado também para não cortejar aquela cigana que quer ler a sua mão, ou não se iluda com ela, pq ela só quer o seu dinheiro!), fora os detalhes, os olhos ficam brilhantes, algumas que são mais tímidas ficam mais coradas ou se preferirem ruborizadas, eu, por exemplo, fico nervosa e começo a disparar palavras, feito uma metralhadora desgovernada, sem pensar no que estou falando (e acaba falando um monte de merda), o que é pior de todos os sinais de que você está de quatro pelo ser a sua frente.
Eu estava nesses dias, s/ o chiclete, bala ou afins, com uma calça do tipo “Deus é justo, mas essa calça é justíssima!”, meio “clubber” (procure no Wikipédia!), o cabelo vermelho cereja curto e parecia um capacete (não, não parecia o da Melina na novela Passione, eu não tinha franja! Muito menos cabelo lisíssimo =S) Bom, nessa oportunidade infeliz da minha vida, eu avistei um típico “mauricinho” (wikipediaaa), ele estava com um notebook, de social, tinha acabado de chegar do trabalho, gel no cabelo, sorriso grande, largo. Enfim, fiquei interessadérrima na figura. Estava num ensaio do coral, então, na hora que vi ele perto de uma amiga minha de acampamento, aproveitei a deixa para conhecê-lo e descobrir de quem se tratava, por total descaso da natureza, ele era irmão mais velho dessa amiga, ainda é neh. Bom, papo vem, papo vai, na roda de amigos, confessei para uma amiga minha que estava interessada, mas que precisava de achar um jeito de entregar meu telefone para ele. #RETARDADA
No dia da apresentação do coral, como a irmã dele fazia parte, eu tinha uma certeza grande de que ele estaria lá, até mesmo porque os pais dele eram assíduos freqüentadores da igreja, enquanto eu, só tinha minha mãe e irmão firmes na mesma religião, meu pai era afastado. Então eu como uma boa caçadora, peguei as melhores armas e fui para o ataque! Super produção, e um cartão de visita que apresentava não só meu nome, sobrenome, endereço, bairro, telefone, celular, e-mail 1, e-mail 2 e ICQ (programa de mensagens instantâneas, era famoso e top antes do Messenger, vulgo MSN). A cretina só faltou colocar o tipo sanguíneo, pedigree, dados financeiros dos pais, e mostrar os dentes para ele verificar se eu era saudável. Idiota ou não, é difícil a gente olha para trás e não achar essas coisas patéticas, afinal, amadurecemos neh? Pelo menos essa é a idéia, então, essas coisas ficam muito retardadas e engraçadas para quem leva a vida do jeito leve, com ou sem activia!
Isso tudo ocorreu num domingo, entreguei o cartão, e segunda-feira, ele me add no ICQ quando chegou no trabalho, e começamos a conversar. Eu já tinha 16, mas não tinha falado para minha mãe que estava interessada em ninguém, nem dado sinais. Então, marcamos de ir num baile, tivemos um desencontro e acabamos por ir passear no shopping. Se eu fosse a Cinderela, eu teria virado abóbora ás 22h, porque esse era o horário de eu chegar em casa. Mas passeamos no shopping até ele fechar. Pegamos o ônibus junto, ele só tinha 18, só... carro ele não tinha! Então, depois de enrolar a tarde inteira, com ele, marcar o chão do shopping de tanto andar em círculos por lá, quando fui descer do ônibus ele vira e me fala a frase que marcou o início do nosso “namoro”, um pedido indireto, que foi bem assim: “Eu estava de castigo, e minha mãe falou que eu não poderia ir no baile, mas prometi à ela que era para conhecer melhor uma moça que estava realmente interessado e que não era só para ficar com mais uma garota, então ela disse para mim, então você vai, mas quero só ver se vai namorar sério mesmo”. Nossa... se fosse hoje eu iria pensar da seguinte forma: 18 anos, sem carta, sem carro ou moto, sem perspectiva na vida, não pagou nenhum lanche no mc ou esfiha no habibs que seja, me fez andar que nem uma camela, demorou horasssss para ter uma atitude de homem e antes de tudo, vem me falando que estava de castigo, proibido de sair de casa e tudo mais... Sinceramente, nem teria chegado gastar minha saliva prosseguindo a conversa no primeiro dia, pq mauricinho que papai carrega p/ cima e p/ baixo, não dá um peido a pé e ainda por cima, fica de castigo... poxa, que final de carreira. But na época eu estava, iludida por vários fatores: 1. O notebook que nem dele era (na época era muito mais difícil ver alguém com um notebook, hoje, acho que até o torra-torra vende!), 2. Roupas que ele usava no trabalho e na igreja (ridículo! Mas tem homem que fica bem de terno, era o caso dele), 3. A lábia dele era e é até hoje uma coisa de louco. 4. Era o namorado que minha mãe sonhava, da igreja, na idade certa... Ou seja, era o cara para um NAMORO SÉRIO.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Minha Vida

É gente, eu tentei...! Mas vou começar de antes para vocês verem o que pais que não conversam com seus filhos podem ocasionar na vida de um ser.
Bom, vou abrir minha vida para vocês... Alguns trechos vai parecer comédia, mas se parecer e vocês rirem, eu ganhei meu dia! Na verdade, hoje para mim é tudo uma grande comédia, talvez eu não leve a vida tão a sério, talvez eu seja uma tonta desmiolada e sonhadora, mas enfim... sou mulher, isso me basta!
Menina, que quase nunca saia de casa, todos os domingos ia à igreja, cheia de tabus criados e impostos por mamãe e neuras e traumas do papai... Essa era eu, em casa. Sofria com um pai alcoólatra, e uma mãe histérica, ambos tinham seus defeitos, mas eram e são excelentes pais, muito melhores hoje, é claro, porém tentaram da melhor forma me dar tudo o que queria, e aplicar as mesmas rédeas que seus pais os impuseram um dia. Investiram no meu dom, sempre apostaram nos meus talentos, sempre me encorajaram, pagaram cursos, investiram. Disso não tenho o que reclamar! Mas minha mãe, por ser a típica dona de casa, que não saia para nada além de pagar uma conta ou outra, e quando enfiava a cabeça numa religião, sai de baixo! Era muito “bitolada” nessas coisas, a típica fanática.
Guarda roupa em casa: Calça ou bermudão, sempre na linha do joelho, camiseta ou blusinha de manga, barriga nunca a mostra, decote de jeito nenhum.
Adolescente criativa e dinâmica, porém que não conseguia ficar parada na sala de aula, repeti a quinta série, minha mãe só descobriu na oitava... Era líder do grêmio, falava com todo mundo e com todos, chegava à escola, e ia trocar de roupa no banheiro, bipolar? Não, só não queria decepcionar meus pais, achava que minha mãe já sofria demais com as bebedeiras do meu pai, e meu pai sempre trabalhando muito e ficando bêbado nas horas vagas, não tinha muito tempo para mim, tinha vezes que eu o via entrar em casa, dormir umas 6 horas e voltar para o trabalho, apesar disso eu o admirava demais por essa garra, e queria ser como ele quando crescesse, por outro lado, nunca sonhei parecer com minha mãe, a achava submissa demais e entregue a uma vida sem perspectivas de evolução para ela como pessoa. Nessa, eu vivia meu mundo a parte, não era autista também! Simplesmente, dividi meus mundos conscientemente, tentando “agradar a gregos e troianos”, ser popular na escola, era tudo o que eu mais curtia nessa época.
Bom, para ser popular, eu menti muitas vezes, menti sobre minha primeira vez, e ainda dei méritos a um idiota que curtia na época, e ele como um bom menino virgem, afirmou que tinha mesmo consumado o fato! Então... Eu era a penúltima das minhas amigas da época a perder a virgindade, porém, o fato de ter mentido não me tirou do ranking, pois a que perdeu por ultimo, só fez isso com 21 anos, e eu fiz com 17! Ou seja, 4 anos depois ela descobriu o sabor da fruta... A primeira de nós perdeu com apenas 12 anos, fruto de pais separados que não lhe deram atenção nenhuma e a deixaram a deriva no mundo durante a adolescência.
Para ter uma vida “animada” eu mentia muito na escola, e para ter uma vida pacata em casa, mentia mais ainda. Vivia em conflitos internos, com medo de meus pais descobrirem minhas mentiras, o desvio de dinheiro que fazia para ter mais e mais coisas fúteis, ou as saidinhas encoberta por amigas, para beber, ficar com algum garoto (ficar é só beijar!) ou fumar cigarros de cravo ou cereja. Minha cabeça vivia a “milhão”, não tinha paz de espírito, era perturbada, em busca de ser boa para todos, de ser a melhor na igreja, a melhor na escola, a melhor em casa, me cobrava demais.
Como disse, na oitava série minha mãe descobriu que havia reunião de pais todos os semestres, e que eu tinha repetido o ano. Descobriu também que quase não ficava na sala de aula porque tinha um namoradinho na escola, ele já estava no colegial, e eu na oitava série. A professora de matemática, de nome Rachel, disse a minha mãe que ele era um “maconheirinho” e que eu era uma boa pessoa, mas não me aplicava nos estudos como devia, mas que ela ia me vigiar... Rapidamente contornei minha mãe, falei que a professora havia me confundido e que eu não tinha namorado algum, na verdade eu tinha, e ele era mesmo maconheiro, mas eu só percebi isso quando terminei com ele, um ano depois praticamente. É às vezes sou muito tapada! Quando apaixonada, era quase sempre.
A vida seguia, uma mentira de peso “mor” tinha sido eliminada, mas as pequenas continuavam... Eu era quase a virgem Maria porque até gravidez psicológica sem ter dado uma eu tive. Era incrível o poder da minha mente, não era a toa que desde sempre quis ser publicitária. Mas a igreja muitas vezes me fez ter sentimentos bons e querer mudar de vida, porém quando mudava de ambiente, era inevitável, aquela adolescente impulsiva e desvairada surgia com toda sua força e saia para a festa! Não senhoras e senhores, não era uma pomba gira, era apenas uma versão “popcrazy” da minha pessoa.
Enfim, como eu só podia namorar após meus 16 anos, e de preferência ou obrigatoriamente com alguém da mesma religião, eu fui pesquisava na igreja algo interessante, mas sinceramente, só achava tranqueiras lá, piores do que eu achei fora, aliás, meus namorados de fora muitas vezes deram um baile de bom comportamento em muito menininho de igreja. Mas, um dia apareceu um ser em minha vida, não sei aonde eu vi beleza, talvez na desenvoltura da pessoa, mas isso explico no próximo post! ;)