"Este site é dedicado à você, mulher, que está passando, passou ou ainda irá passar por uma separação. Venha rir conosco, e descubra que a vida nada mais é do que um filme, você escolhe se vai ser um drama ou comédia."

quarta-feira, 16 de março de 2011

Minha Vida

É gente, eu tentei...! Mas vou começar de antes para vocês verem o que pais que não conversam com seus filhos podem ocasionar na vida de um ser.
Bom, vou abrir minha vida para vocês... Alguns trechos vai parecer comédia, mas se parecer e vocês rirem, eu ganhei meu dia! Na verdade, hoje para mim é tudo uma grande comédia, talvez eu não leve a vida tão a sério, talvez eu seja uma tonta desmiolada e sonhadora, mas enfim... sou mulher, isso me basta!
Menina, que quase nunca saia de casa, todos os domingos ia à igreja, cheia de tabus criados e impostos por mamãe e neuras e traumas do papai... Essa era eu, em casa. Sofria com um pai alcoólatra, e uma mãe histérica, ambos tinham seus defeitos, mas eram e são excelentes pais, muito melhores hoje, é claro, porém tentaram da melhor forma me dar tudo o que queria, e aplicar as mesmas rédeas que seus pais os impuseram um dia. Investiram no meu dom, sempre apostaram nos meus talentos, sempre me encorajaram, pagaram cursos, investiram. Disso não tenho o que reclamar! Mas minha mãe, por ser a típica dona de casa, que não saia para nada além de pagar uma conta ou outra, e quando enfiava a cabeça numa religião, sai de baixo! Era muito “bitolada” nessas coisas, a típica fanática.
Guarda roupa em casa: Calça ou bermudão, sempre na linha do joelho, camiseta ou blusinha de manga, barriga nunca a mostra, decote de jeito nenhum.
Adolescente criativa e dinâmica, porém que não conseguia ficar parada na sala de aula, repeti a quinta série, minha mãe só descobriu na oitava... Era líder do grêmio, falava com todo mundo e com todos, chegava à escola, e ia trocar de roupa no banheiro, bipolar? Não, só não queria decepcionar meus pais, achava que minha mãe já sofria demais com as bebedeiras do meu pai, e meu pai sempre trabalhando muito e ficando bêbado nas horas vagas, não tinha muito tempo para mim, tinha vezes que eu o via entrar em casa, dormir umas 6 horas e voltar para o trabalho, apesar disso eu o admirava demais por essa garra, e queria ser como ele quando crescesse, por outro lado, nunca sonhei parecer com minha mãe, a achava submissa demais e entregue a uma vida sem perspectivas de evolução para ela como pessoa. Nessa, eu vivia meu mundo a parte, não era autista também! Simplesmente, dividi meus mundos conscientemente, tentando “agradar a gregos e troianos”, ser popular na escola, era tudo o que eu mais curtia nessa época.
Bom, para ser popular, eu menti muitas vezes, menti sobre minha primeira vez, e ainda dei méritos a um idiota que curtia na época, e ele como um bom menino virgem, afirmou que tinha mesmo consumado o fato! Então... Eu era a penúltima das minhas amigas da época a perder a virgindade, porém, o fato de ter mentido não me tirou do ranking, pois a que perdeu por ultimo, só fez isso com 21 anos, e eu fiz com 17! Ou seja, 4 anos depois ela descobriu o sabor da fruta... A primeira de nós perdeu com apenas 12 anos, fruto de pais separados que não lhe deram atenção nenhuma e a deixaram a deriva no mundo durante a adolescência.
Para ter uma vida “animada” eu mentia muito na escola, e para ter uma vida pacata em casa, mentia mais ainda. Vivia em conflitos internos, com medo de meus pais descobrirem minhas mentiras, o desvio de dinheiro que fazia para ter mais e mais coisas fúteis, ou as saidinhas encoberta por amigas, para beber, ficar com algum garoto (ficar é só beijar!) ou fumar cigarros de cravo ou cereja. Minha cabeça vivia a “milhão”, não tinha paz de espírito, era perturbada, em busca de ser boa para todos, de ser a melhor na igreja, a melhor na escola, a melhor em casa, me cobrava demais.
Como disse, na oitava série minha mãe descobriu que havia reunião de pais todos os semestres, e que eu tinha repetido o ano. Descobriu também que quase não ficava na sala de aula porque tinha um namoradinho na escola, ele já estava no colegial, e eu na oitava série. A professora de matemática, de nome Rachel, disse a minha mãe que ele era um “maconheirinho” e que eu era uma boa pessoa, mas não me aplicava nos estudos como devia, mas que ela ia me vigiar... Rapidamente contornei minha mãe, falei que a professora havia me confundido e que eu não tinha namorado algum, na verdade eu tinha, e ele era mesmo maconheiro, mas eu só percebi isso quando terminei com ele, um ano depois praticamente. É às vezes sou muito tapada! Quando apaixonada, era quase sempre.
A vida seguia, uma mentira de peso “mor” tinha sido eliminada, mas as pequenas continuavam... Eu era quase a virgem Maria porque até gravidez psicológica sem ter dado uma eu tive. Era incrível o poder da minha mente, não era a toa que desde sempre quis ser publicitária. Mas a igreja muitas vezes me fez ter sentimentos bons e querer mudar de vida, porém quando mudava de ambiente, era inevitável, aquela adolescente impulsiva e desvairada surgia com toda sua força e saia para a festa! Não senhoras e senhores, não era uma pomba gira, era apenas uma versão “popcrazy” da minha pessoa.
Enfim, como eu só podia namorar após meus 16 anos, e de preferência ou obrigatoriamente com alguém da mesma religião, eu fui pesquisava na igreja algo interessante, mas sinceramente, só achava tranqueiras lá, piores do que eu achei fora, aliás, meus namorados de fora muitas vezes deram um baile de bom comportamento em muito menininho de igreja. Mas, um dia apareceu um ser em minha vida, não sei aonde eu vi beleza, talvez na desenvoltura da pessoa, mas isso explico no próximo post! ;)

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